segunda-feira, 21 de maio de 2012

variações linguísticas

O poeta da roça de Patativa do Assaré, um grande poeta popular nordestino. Foi um poeta analfabeto (sua filha é quem escrevia o que ele ditava), mas sua obra atravessou o oceano e se tornou conhecida mesmo na Europa.

O Poeta da Roça
Sou fio das mata, canto da mão grossa,
Trabáio na roça, de inverno e de estio.
A minha chupana é tapada de barro,
Só fumo cigarro de paia de mío.
Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argun menestré, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.
Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.
Meu verso rastero, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo e na roça
Nas pobre paioça, da serra ao sertão.
(...)
Depois de lido o texto acima, os alunos deverão responder às perguntas abaixo:
  • Vocês acreditam que a forma de falar e de escrever comprometeu a emoção transmitida por essa poesia?
  • Reescrevam o texto em língua padrão.
Agora pesquise na internet sobre variações linguísticas: por que elas acontecem, quais as características, exemplos de variações linguísticas.

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